Terra Natal

Foi lá que eu nasci

Por meio das montanhas, em suas terras, do pó, fez-me surgir

O amor brilhou  entre os olhares, se  fez  a uma só carne

No ventre materno, templo sagrado, fez-se  o existir

Bendita ò árvore genealógica, com os seus  vigorosos rebentos

Genuína alquimia a combinação dos seus nobres  elementos

Nas vias da vida, regidos  pelos costumes, a cultura, a arte, os dons e os  talentos

Chão fecundo, em suas entranhas, prospera a semente.

Gente querida vai tecendo a história, imprimindo suas digitais em nossas vidas

Cidadãos honrados, guardiões destemidos, militantes  da justiça , da paz,  dos direitos sociais

A riqueza e o progresso  que nos traz, são moldados pelas   mãos dos  Engenheiros,  carpinteiros, produtores, religiosos, jardineiros, bacharéis, os serviçais...

Terra encantada, a exuberância  das cores, sabores e  noites  enluaradas

Entre outras mil

Ó Brasil, és a mais amada.

Joel Lima

O sabiá

Você sabia
Que o sabiá
Sabia mais do que sabíamos?
Sábio sabiá, você gosta de cantar!!
Laranjeira, limoeiro, mamoeiro, goiabeira
Frutos do pomar
Lá vem o Sabiá, vem de mansinho
Vai escolhendo a fruta que quer bicar
Que maravilha! já construiu o seu ninho
Existem dois ou três ovinhos
É a primavera, melodioso cantar !!
Pula, pula, voa, voa
Onde está o sabiá?
Passando por entre as ramagens
E ao sabor do vento,decantam mechas de suas plumagens
Sabiá, é sabiá...
É a ave do Brasil, haabi’á , jubilosa ave dos tupinambás
As aves cantam e encantam
Bonito é o pavão
Sábio é o sabiá!

Joel Lima

AMAR

A mar é
Mar
Ar
Imensidão
Arte
Sonhar
Cantar
Sentimento
Chorar
Não mais errar
Querer acertar
Compreensão
Perdão
Redenção
Alento
Talento
Doar
Razão
Esperar
Apreensão
Ter a paciência
consciência
Consistência
Coerência
Divinal união
É  Junção: terra ,  céu e   mar
Amar?
Eh, a ah.....,  não dá para explicar.!!!!!

Joel Lima

Ansiedades

Neste ser, tão somente,

Que agora sente,

No corpo, na alma, na mente.

Afloram-se os  medos, segredos,

Denuncia o coração, ao extravasar fortes emoções.

O aperto, náuseas,tensão, sensação,  transpiração.

Exércitos em fadiga.

Alma desvalida, pedindo salvação.

Vou  denunciar a todos os carrascos, o atroz.

Soltar  gritos,  brados

E no silêncio ouvir apenas a minha voz.

Quero  ser tão somente eu,

Da forma que   fez o Criador.

Lançar-me-ei aos desafios, com muito ardor

Ainda que  persista os sons estridentes entre a garganta, quero cantar.

Cultivar e colher   flores, mesmo quando residirem    entre os espinhos.

Semear o amor, conquistar amizades, manifestar gestos de carinho.

Vou seguir andando, ao  que me leva até o alto das montanhas,

E se acaso  prostrar-me, pela exaustão,  necessitarei dos cuidados teus,

Mas não  me carregues, e sim,  conduza-me pelas mãos, a retornar aos sonhos meus.

Ansiedades que persistem, insistem, quando não há  razão

É condenar-se a uma  prisão perpétua, sob a  escuridão.

Mesmo que o mundo desabe, quero agarra-me ao menos a um pequeno torrão,

Das cinzas,  me refazer, renascer, CRER's – SER,

Homem novo.

Joel Lima da Fonseca

Janaúba MG

O Semeador

                                               

                                              

Antes era apenas uma pequena  semente, mas que  precisava ser semeada.

Será que vai vingar?  Acho que não vai dar certo, aqui é muito difícil!!  Por todos era questionada.

Assim ia  o semeador, não se importava com os calos nas mãos e/ou  sacrifícios em sua  jornada; porém,   meditava a cada palavra.

Certo dia, e, em um momento  que fazia muito calor, todos aproveitavam  para  se reunirem à sombra daquele pequeno ser, que havia se transformado em uma árvore, e questionavam a vida do Semeador. Dizem que alguns falavam contra, outros ao seu favor.

Mas um outro grupo que estava  debaixo daquele sol,  admirava  ao longe aquela árvore frondosa,  cheia de vida, que acolhia as pessoas, abrigava  pássaros que se alimentavam dos seus frutos.

Embora fosse ‘’ pequena’’ a sua ação, apenas o semeador sabia que havia contribuído para amenizar as dificuldades que resistiam  naquele lugar, que por algumas vezes, haviam se confundido a um  deserto.

                                                                                                                                                             

Joel Lima da Fonseca