segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O SENHOR DO MUNDO

O poder tem sido o alvo de conquistas dos seres humanos.

A realização do domínio, a soberania, na maioria das vezes tem lhes custado muito caro.

Vejamos que o mundo está numa constante transformação, num processo evolutivo.

As rochas, os rios, os solos e os seres vivos todos sofreram importantes mudanças no decorrer de milhares, milhões e até bilhões de anos.

As espécies resistentes às mudanças foram se extinguindo pelo o fato do ambiente não lhes tornarem favorável, no processo do caminho da evolução.

A planta juvenil possui a estrutura diferente de uma planta adulta, embora ainda conserve as suas características, realiza diferentes conformações para se tornarem mais sólidas.

Temos a vocação de alcançar a excelência, buscar a plenitude da felicidade, por meio de realizações, conquistas, trilhando os seus caminhos.

Na busca da felicidade, muitos têm acumulado enormes fortunas, mas não conseguiram afastar os fantasmas que rondam a sua casa. Os fantasmas da insegurança, do medo de perder os bens , dos seqüestros, contaminações, doenças, medo do abandono, etc.

Mesmo assim se tornam frios , insensíveis, preso aos bens materiais, procuram chieeps cada vez mais modernos que ofereçam o ‘’bem star’’, a segurança, mas não conseguem devolver-lhes o verdadeiro sentido da vida, de poder amar e ser amado, sem reservas.

Há quem demonstre todo orgulho de exibir uma posição social privilegiada, cercado de bens, posses, ter a admiração e o respeito daqueles que os cercam. Agradam uns e descriminam outros.

Impossível querermos agradar a todos, mas é preciso que todos sejam respeitados. Somos interdependentes, temos valores, devemos ser reconhecidos pelos nossos méritos.
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Se a luz do sol é para todos, grande parte da população vive sobre as sombras dos seus direitos, de participar do desenvolvimento do país, do progresso e das oportunidades. No entanto vivemos em meio as desigualdades social.

Alguns jargões, parecem aliviar a consciência daqueles mais favorecidos, e deixaram a população mais acomodada: pobre é preguiçoso, não gosta de trabalhar, não quer nada com a vida, nunca quis estudar, é vagabundo.

Alguns atletas de países pobres, que disputaram as olimpíadas, sem maiores condições de estruturas de apoio, conseguiram voltar para o seu pais com medalhas no peito. Por outro lado os gigantes dos esportes, dos paises ricos exibem de forma imponente o triunfo das medalhas de ouro. Mas tiveram todas as chances e oportunidades para vencer. Neste sentido foram atados os pés dos concorrentes, enquanto puderam correr livremente.

Temos as diversas competições de forma desleal, a exemplo de uma corrida de formula um. Alguns pilotos com os carros de ultima geração concorrem com o restante das outras equipes, montadas em fuscas do ano de 1988.

Há também as competições justas, entre competidores. Pessoas que receberam as mesmas condições, oportunidades, puderam desenvolver as habilidades, através de maiores esforços, disciplina, realmente se tornaram um grande vencedor, um líder.

Importantes ações emergenciais, de programas sociais no combate a fome e a pobreza, tem-se obtido resultados relevantes na redução da mortalidade infantil, do analfabetismo, o déficit de moradia, déficits de eletrificação rural, etc.

Seria fornecer as chuteiras a população carente, dando-lhes maiores condições de exercer uma vida digna, para impulsionar o desenvolvimento.

A omissão do desenvolvimento de programas sociais por parte dos governos, são acentuados a pobreza e a miséria, com sérios reflexos da violência, a prostituição, mortes prematuras, assaltos e outras mazelas que roubam a paz no mundo.

A paz do mundo não é uma responsabilidade unicamente governamental, e sim os frutos da ação e os esforços de toda a comunidade.
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Imagine as pessoas que hoje acumulam riquezas, estivessem no tempo em que predominavam as práticas do escambo ( troca, permuta ), teriam que construir enormes galpões para grandes quantidades de alimentos, depois de encher bastante ‘’a barriga’’, não haveria tempo suficiente para consumi-los. Resultando na perda de maiores quantidades destes produtos. Apodrecidos seriam transformados em lixo. Ao mesmo tempo as pessoas estariam a sua volta revirando-o, para garimpar as migalhas.

Assim ocorre aqueles que se enriquecem ilicitamente, maltratam os seus empregados roubam-lhes a sua dignidade,realiza o trabalho escravo, vivem os excessos de mordomias e atiram as migalhas aos pobres.


Em meio a tanta pobreza, o poder tem se instalado nas mãos das pessoas, que deixam os seus semelhantes reféns, num sistema predominante de hierarquia econômico social. A cada dia vivem esvaziados de si, por não conseguirem acumular demasiadamente a todos os bens materiais.

Finalmente o capitalismo que se vê um pouco abalado, as suas estruturas, começa a repensar em um novo modelo que lhes forneça melhores resultados de forma sustentável. O investimento do maior patrimônio; o patrimônio humano. Oferecendo-lhe melhores condições de trabalho, a saúde da família, o lazer, o descanso, para que os tornem mais ‘’produtivo.’’

‘’o presidente francês Nicolas Sarkozy lidera um grupo de políticos, economistas e acadêmicos dispostos a acabar com o reinado dos números e cifras na economia. A ordem é mudar um pouco o noticiário e as preocupações econômicas. Quem se acostumou com o PIB, vai ouvir mais a sigla FIB. Sai o Produto Interno Bruto, entra a Felicidade Interna Bruta.
O economista Joseph Stiglitz, Professor da Columbia University e Prêmio Nobel de Economia em 2001, ele defende a tese de que o mundo deveria se preocupar mais em medir o bem-estar das pessoas do que a mera produção econômica. Em outras palavras, deveria priorizar a FIB ao PIB.’’( nota )

De acordo com os noticiários do Estado de Minas( 8 dez/2009), 2 milhões de crianças com menos de 5 anos morrem anualmente por causa de doenças de fácil prevenção e tratamento. Cerca de 85 mil óbitos estão relacionados às mudanças climáticas.

45 milhões de pessoas passam fome no mundo como resultado direto da mudança do clima.

Sempre ocorreram as mudanças do clima no planeta terra. As catástrofes que hoje se pronunciam fortemente não é a culpa da natureza, e sim o conjunto dos conseqüentes comportamentos das ações e atitudes,dos que querem ser senhores, dono do mundo.

Joel Lima
Coluna-MG

Um comentário:

  1. Caro Joel,

    Achei interessante a reflexão que você propôs. Que bom seria se vivéssemos em um mundo, onde todos priorizassem o "EU" e não o "TER". Com certeza seríamos bem mais felizes.

    O poder quando em mãos de pessoas inescrupolosas ou egocêntricas se torna um perigo. Sabe, não consigo entender com há gente que se sente "o Senhor" ou "a senhora do Poder", já que somos todos seres humanos em uma viagem incerta que é a vida: _ não sabemos de onde viemos e nem sabemos para onde vamos; temos as mesmas necessidades vitais; somos todos mortais.
    Nenhum de nós respondeu as perguntas básicas da nossa existência. Ser medíocre e metido a "besta", só empobrece esta viagem, que é riquíssima quando partilhamos nossas alegrias, dúvidas, angústias e tristezas uns com os outros.

    Enquanto uns tiverem se esbaldando e vangloriando de suas posses e outros se corroendo na miséria, não teremos o mínimo de paz, nem no Brasil nem em lugar algum nenhum do mundo.

    Parabéns, pelo texto!
    Rosana Corrêa

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